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Doação de Órgãos para Transplante: A Decisão que Salva
Você pode não pensar nisso, mas inúmeras pessoas seriamente enfermas neste momento, aguardam com dor e sofrimento, a sua vez de receberem um órgão humano, a única medida que poderia salvar suas vidas.
A falta de órgãos doados no Brasil, resulta na busca desesperada dos familiares da vítima necessitada, que muitas vezes são forçados a realizar cirurgias muito caras em outros países. Este é o caminho mais complicado para o paciente e sua família, especialmente quanto ao aspecto monetário.
Embora o Brasil tenha boa capacidade técnica para realizar muitos tipos de transplantes, tais como os rins, e existam diversas centrais de transplantes de órgãos que realizam amplo esforço de incentivo e conscientização para a captação de órgãos, as estatísticas apontam uma impressionante escassez de órgãos doados para transplantes no nosso país em relação aos outros países. Tomando como exemplo a medula óssea, no Brasil estavam registrados apenas 400 doadores potenciais deste tecido no ano de 1996, enquanto que nos Estados Unidos registravam-se 54.000 doadores, e, na Alemanha, aproximadamente 700.000. Apesar desses números, o índice de mortes ainda é muito grande em virtude da falta de órgãos.
Felizmente, uma importante medida acaba de surgir no Brasil para amenizar o problema da "fila" de pacientes necessitados de órgãos doados. Foi aprovada uma lei pelo Congresso Nacional, instituindo a chamadadoação presumida, ou seja, toda pessoa se transforma em um doador em potencial quando morre, a não ser que ela se manifeste em contrário durante a vida. Esta é uma lei avançada, que existe em poucos países, e que deverá mudar substancialmente o difícil cenário de órgãos disponíveis para transplante no Brasil,e que substitui a lei anterior, que permitia doações apenas com o consentimento expresso do doador ou de sua família.
Entretanto, ela não surtirá o efeito desejado, se a família da pessoa que morreu ou os médicos que assistiram à morte não notificarem imediatamente as equipes de transplante. Atraso de captação de órgãos inviabiliza o transplante, pois os órgãos não podem mais ser aproveitados.
Por isso, a situação ideal é aquela em que a disponibilização dos órgãos para transplante ocorra durante a morte cerebral, ou seja, a pessoa já está morta, sem atividade cerebral sustentadora de vida, mas seu sistema circulatório ainda mantém os órgãos vivos. Entretanto, este conceito deveria ser melhor esclarecido, pois, para algumas famílias, a retirada de órgãos de um ente querido que acaba de ser diagnosticado com morte cerebral, é um processo muito delicado. Existe uma série de fatores que fazem os parentes decidirem pela retirada ou não dos órgãos. Entre eles estão a dúvida de que a pessoa que está em estado vegetativo ainda possa voltar a reviver.
Transplante de córnea
Transplante de fígado
Transplante de medula
Transplante de pâncreas
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